Alunos da Escola Dona Leopoldina criam lenda inspirada no dinossauro do Parque Aquático
Unindo criatividade, aprendizado e identidade local, os alunos do 5º ano B da Escola Municipal Dona Leopoldina, sob a orientação da professora Sílvia Claudete Valk Soares, protagonizaram uma experiência literária especial no primeiro trimestre letivo de 2025. A atividade culminou na criação da “Lenda do Dinossauro do Parque”, inspirada em um dos ícones turísticos de Itaipulândia: o dinossauro do Itaipuland Parque Aquático.
A proposta partiu do trabalho com o gênero textual lenda, explorado pelas turmas de 5º ano ao longo do trimestre. Após estudos detalhados sobre a estrutura e os elementos desse tipo de narrativa, os alunos analisaram diversas lendas, entre elas a Lenda do Balanço do Morro, produzida pela turma do 5º ano de 2024, também da Escola Dona Leopoldina. Motivados pelo encantamento desses estudos e pela riqueza cultural que representam, a turma do 5º B mergulhou em uma produção coletiva que uniu ficção e o cenário real do município.
A lenda criada tem como cenário o Itaipuland Parque Aquático, onde está instalado um imponente dinossauro que, além de decorar a entrada do local, funciona como um divertido toboágua, sendo um dos principais atrativos para o público infantil. Como a escola está localizada no Bairro Caramuru, região por onde passam muitos dos visitantes do parque, o vínculo afetivo e geográfico com o local contribuiu para fortalecer a identidade da narrativa.
A atividade valorizou o protagonismo dos alunos, que, além de desenvolverem habilidades de leitura, escrita e oralidade, também puderam trabalhar a imaginação e o senso de pertencimento ao município. A criação da lenda reforça o papel da escola como espaço de valorização cultural, incentivo à produção autoral e aproximação entre os conteúdos curriculares e o cotidiano dos estudantes.
Lenda do Dinossauro do Parque Conta a lenda que desde a Era Mesozoica, ovos de dinossauro mantiveram-se escondidos na superfície terrestre, em torno de 2 mil metros de profundidade. Em uma cidade, conhecida como Aparecidinha do Dino-oeste, um grupo de geólogos, tentando descobrir a extensão do maior aquífero do mundo, o Grande Amazônia, iniciaram perfurações de solo, mal sabiam eles que estavam sobre outro aquífero, o Guarani. Brocas enormes eram fincadas no solo tentando chegar até a água. Tiveram uma surpresa quando encontraram algo muito duro, denso, que as brocas não conseguiram perfurar. Daquela escavação saiu um jato muito forte de água, como num gêiser e um grande ovo. Os geólogos tentando esconder o fato curioso, urgentemente esconderam esse ovo em um pequeno laboratório clandestino, que criaram para analisá-lo, porque imaginavam ganhar muito dinheiro com essa descoberta. As águas descobertas na perfuração eram quentes, eram águas termais, então criaram ali um parque aquático termal, que passou a ser visitado por muitas pessoas e ter atrações diversas. Com o vazamento de um dos canos que abastecia o parque, uma parte da água foi desviada do caminho e inundou o laboratório, molhando o ovo que estava escondido num compartimento secreto no solo do laboratório. Ao amanhecer, os geólogos chegaram no laboratório e encontram as cascas do ovo e ao lado dele, um Dinossauro. Sem saber o que fazer com ele, que já estava da altura dos cientistas, colocaram-no como uma atração do parque, dizendo a todos que era uma pessoa vestida de Dino, que passaram carinhosamente a chamar de Juninho Jumento, em homenagem a um jumento que era usado para puxar as cargas de terra durante a perfuração. O tempo foi passando e a mentira não pode ser sustentada, pois o Deus do Tempo, irado com o fato de um Dinossauro ter nascido na era dos humanos, acelerou o crescimento de Juninho Jumento. O disfarce foi por água abaixo e por mais gentil que ele fosse e mesmo com as brincadeiras que fazia, passou a assustar os adultos, que viam os filhos deslisando por sua cauda. Juninho baixava a cabeça para beber água enquanto as crianças subiam e depois deslizavam por sua cauda como num tobogã. Os cientistas querendo manter a atração no parque, sem piedade, desenvolveram uma poção de petrificação e deram ao dino, juntamente com um sorvete, que era o doce preferido de Juninho. E ele, assim que consumiu o sorvete, petrificou-se, ficou lá, na frente do parque, como estátua, e assim está, até hoje. Mas, para acalmar o Deus do Tempo, que ainda não estava conformado com a situação, como um tiro no peito, no instante anterior a petrificação, o coração do Dinossauro foi arrancado e entregue a ele. Hoje crianças e adultos passam por essa estátua, entram pela cavidade que ficou em seu peito e deslisam para as águas, sem saber a verdade sobre o querido Juninho Jumento.
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